CENTRO CULTURAL RIO-ÁFRICA SERÁ UM NOVO MARCO PARA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA E CULTURA NEGRA NA CIDADE
O terreno histórico da Avenida Venezuela, no coração do Rio de Janeiro e próximo ao emblemático Cais do Valongo, futuro Centro Cultural Rio-África, está pronto para se transformar na Praça Mauá. Situado na Pequena África
Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o espaço traz um edifício de três andares dedicado à preservação e celebração da cultura afro-brasileira, com salas para exposições, debates, encontros e um ambiente de convivência. O projeto, vencedor de um concurso criado para arquitetos negros brasileiros ou de países africanos de língua portuguesa, foi elaborado pelo Estúdio Módulo, com progressão de Marcus Vinícius Damon.
Inspirado na arquitetura carioca e nas raízes afro--brasileiras, o prédio contará com um pátio arborizado, destacando espécies representativas da cultura africana, como a espada de São Jorge, e um terraço com vista privilegiada para o Cais do Valongo. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, o Centro Cultural Rio-África representa a continuidade da revitalização do Porto Maravilha e se propõe a honrar a memória dos africanos escravizados. "Este é um espaço que ajuda a contar a história do povo negro e da diáspora africana no Brasil, essencial para conhecermos e respeitarmos nossa história", ressaltou Paes.
A construção do Centro Cultural Rio-África faz parte de uma parceria entre a construtora Cury, a prefeitura, e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), em colaboração com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ). O espaço promete se tornar um ponto de encontro para jovens talentos e para manifestações da cultura negra, destacando a conexão com a ancestralidade africana em harmonia com o legado inovador carioca. As obras têm previsão de conclusão em dois anos e meio, trazendo uma nova referência cultural para o Rio e uma experiência de memória viva para todos que visitam o local.