Depois de uma longa espera de 35 anos de intenções, tivemos o anúncio de que o trem-bala ligando Rio de Janeiro e São Paulo deverá inicializar suas operações
em 2032.
Desde o início do ano passado, a autorização já havia sido dada, mas os esforços se concentraram apenas em conversações com as prefeituras das cidades por onde passará o trem-bala (como Volta Redonda e São José dos Campos) e com investidores em potencial.
Até o presente momento, 6 NDAs (sigla em inglês para os Acordos de Confidencialidade) já foram firmadas com grupos internacionais que demonstraram interesse em investir neste projeto. Além disso, existem conversações para a captação de recursos no chamado Mercado Verde, voltado parta projetos sustentáveis.
O custo estimado do projeto gira em torno de R$ 50 bilhões. E o objetivo é de que este empreendimento venha representar um grande impulso no transporte entre as duas maiores cidades do país, reduzindo o tempo de deslocamento para 60 minutos. Já que os trens possuem capacidade de atingir velocidade de até
300 km/h.
No passado, até metade do século XX, o Brasil já foi referência no transporte ferroviário na América do Sul. Hoje foi relegado, sobrecarregando as malhas rodoviárias e aérea entre as duas principais e maiores cidades do país. A conta do descaso chegou e, com isso, a necessidade cada vez maior de se investir em novas fontes de energia e combustível sustentáveis. O projeto do trem-bala pode significar o reinvestimento na rede ferroviária brasileira.
A grande diferença, em comparação a outros empreendimentos, é que, no caso do trem-bala, o financiamento virá do setor privado, o que evitará a dependência de fundos federais. O início da construção está previsto para 2027 e é um dos projetos mais ambiciosos que temos no país no momento.
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