anuncie na Folha do Centro - ligue - (21) 96471-7966 Edição N° 325 - Junho de 2024.
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Comédia de Noel Rosa tem apresentação gratuita

O EVENTO ESPECIAL, PROMOVIDO PELO LICEU, ACONTECE EM CELEBRAÇÃO ÀS MEMÓRIAS DE BETHENCOURT DA SILVA
Evento especial é promovido pelo Centro de Memória Professor Sylvio Viam-na Freire, em celebração das memórias de Bethencourt da Silva, fundador da Sociedade Propagadora das Belas Artes, mantenedora do Liceu das Artes e Ofícios, e do conselheiro João Alfredo, presidente da Sociedade Propagadora das Belas Artes, figuras essenciais para a criação do bairro de Vila Isabel.
O professor Paulo Frias, do Liceu de Artes e Ofícios, convidou o diretor Régis de Sóri, que tem uma carreira de décadas, para fazer uma homenagem ao bairro de Vila Isabel. A história do bairro, um dos primeiros projetados no país, é ligada à do arquiteto Bethencourt da Silva, responsável pela criação do bairro (que foi uma ideia concebida pelo Barão de Drummond) e pela construção arquitetônica do Liceu. Depois de uma pesquisa de três meses feitas por Régis, ele desenvolveu o espetáculo. "Eu tive uma ideia, que tá sendo produtiva, que tá funcionando nos ensaios e que vai ser mais legal ainda no palco. Partindo da ideia de falar sobre o bairro de Vila Isabel, foi falado de Noel Rosa. Por coincidência, eu tinha um texto dele chamado A Noiva do Condutor, uma comédia (na época chamada de opereta). Aí as coisas começaram a
se encaixar, falar do bairro, Noel Rosa... e eu pensei em como fazer esse amálgama e criei o bar LAOs. Na verdade, o nome vem das iniciais do Liceu de Artes e Ofícios. Como se fosse um bar famoso onde se conta as histórias dos bairros do Rio. Na peça, nessa noite específica, o bar vai contar a história de Vila
Isabel e o público da plateia funcionará como se fosse os frequentadores".
O espetáculo tem forte ligação com o Liceu, onde a peça é apresentada. A cavaquinista Joyce Bello, instrutora do Liceu, integra a trupe de músicos do espetáculo. A parte de marcenaria (que fabricou um bonde para o cenário) foi feita pelo professor José Amilton, também do Liceu, e o professor Paulo Frias convidou a cantora Marcella Pederneira. "Estamos valorizando os talentos daqui na produção do espetáculo", ressalta o diretor Régis.
Durante a peça, o público vai ter a oportunidade de conhecer sobre a criação do bairro: a fazenda do Macaco dada por Dom Pedro, o Barão de Drummond (que criou o primeiro Zoológico do país e também o jogo do Bicho), a República. "Porque o jogo do bicho entra na história? O Barão de Drummond tinha um subsídio imperial para o Zoológico e quando
entra a República esse é retirado. Em conversa com um mexicano, o Barão ficou sabendo que no México havia um zoológico onde o público pagava e no final, através do jogo das flores, era sorteado o rateio de um prêmio, ou seja, o próprio jogo do bicho", revela o diretor Régis que fez a pesquisa sobre o bairro. Tudo pontuado na trama do bar LAOs que também fala do Boulevard 28 de Setembro, do Convento das Carmelitas e até da escola de samba.
O Texto A Noiva do Condutor é dividido em três atos, que intercala com a proposta do Bar LAOs, da apresentadora, dos músicos e canções de Noel Rosa. A trama gira em torno de Joaquim, um condutor de bondes, que para conquistar o coração de sua amada Helena, se passa por advogado, enfrentando a resistência do pai dela e envolvendo-se em diversas peripécias.
“As músicas do Noel têm uma tendência de falar muito do dia a dia e ainda são contemporâneas, falam do cotidiano, da política. Apesar de ser ambientada no Brasil dos anos 20 e 30, não mudou nada para o Brasil de 2024", conta o diretor. As letras das músicas de Noel Rosa contêm um pouco de ironia e humor leve que se refletem no espetáculo, que traz no elenco também: Fernanda Maria, Leandro Austin, Rafael Ferreira, Regina Marçal e Rodrigo Machado.
"A concepção veio do texto pronto do Noel Rosa. A questão do bar foi uma criação minha para aproveitar a ideia do professor Paulo. Devido ao pouco tempo que tivemos para trabalhar, optei por trabalhar com uma linguagem tipicamente teatral. Poderia ter utilizado outras mídias? Poderia, mas prefiro fechar na fabricação, nessa coisa manual que o teatro é".
O comendador e arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt da Silva foi o fundador da Sociedade Propagadora das Belas Artes, em 1856, e que viria a fundar o Liceu de Artes e Ofícios, dois anos depois. Uma instituição centenária e diretamente ligada a história da arte e educação no Rio de Janeiro. Pintores brasileiros como Di Cavalcanti e Portinari, e artistas mais recentes como Cartola, Ângela Maria, Millôr Fernandes e Cauby Peixoto, também foram alunos da instituição.
TEATRO DO LICEU DE ARTES E OFÍCIOS
A Noiva do Condutor
Entrada Gratuita 14 de junho (sexta), às 18h30. Rua Frederico Silva, 86 Praça XI - Centro

 

 
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