O Palácio Monroe, erguido em 1906 como resultado triunfante da Exposição Universal de Saint Louis, tornou-se um ícone arquitetônico reconhecido globalmente, conquistando o Prêmio Mundial de Arquitetura. Transportada peça por peça para o coração do Rio de Janeiro, ele desempenhou papéis fundamentais ao longo das décadas, desde abrigar órgãos importantes, como a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, até consolidar sua posição como um ponto focal da Cinelândia.
A elegância eclética de sua fachada complementava o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional e a Escola de Belas Artes, criando um quadrilátero arquitetônico que marcou a paisagem carioca.
No entanto, em 1976, durante a ditadura brasileira, o Palácio Monroe foi demolido, resultando em uma decisão que ecoa como um episódio controverso na história da preservação do patrimônio.
Hoje, o local é marcado por um chafariz desativado e um estacionamento subterrâneo, obscurecendo a grandiosidade que um dia definiu a região. A documentário “Crônica da demolição", assinado por Eduardo Ades, busca resgatar as memórias e o significado cultural deste monumento perdido, destacando as complexidades em torno de sua ausência física e o impacto emocional nos cariocas. O Palácio Monroe, embora fisicamente ausente, permanece vivo nas narrativas que clamam por preservação e respeito à herança cultural
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