anuncie na Folha do Centro - ligue - (21) 96471-7966 Edição N° 258 - Março de 2018.
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Sarca promove o aniversário da cidade no Largo da Carioca

A festa de aniversário dos 453 anos de fundação do Rio de Janeiro trouxe mais uma vez uma dos eventos mais tradicionais da cidade. A comemoração promovida pela Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca e Adjacências, a Sarca, foi marcada pela alegria e descontração, tipicamente cariocas.
A comemoração deste ano contou com a participação da Confraria do Garoto e da Charanga do Clube de Regatas do Flamengo. O Cardeal Dom Orani Tempesta abriu o evento com a oração do Pai Nosso, acompanhado da imagem peregrina de São Sebastião. “Nós pedimos a Deus, junto a São Sebastião, para que proteja nossa cidade, para que possamos ter paz e prosperidade. Os tempos são difíceis, mas nós queremos comemorar o aniversário do Rio e nos comprometer também em sermos instrumentos da paz para a cidade”, disse o Cardeal em entrevista à Folha do Centro.
O comerciante Roberto Cury, presidente da Sarca, foi o responsável em consolidar o evento no calendário comemorativo da cidade. O tradicional “bolo da carioca” já se tornou uma referência no aniversário do Rio de Janeiro. “A Sarca promovia uma série de eventos e nós percebemos que a prefeitura não comemorava o aniversário da cidade com um bolo. Todo aniversário tem que ter bolo, então nós fizemos em 1990, uma distribuição de bolo e refrigerante e fizemos ainda um grande churrasco no Largo da Carioca. Foram três mil refeições servidas naquele dia. Foi uma festa bem característica, tradicional e bem irreverente do jeito que o carioca gosta. Tivemos a presença na época inclusive do então prefeito do Rio Marcelo Alencar”, lembra Roberto.
Todos os anos uma personalidade é sempre homenageada com o título e troféu de “O mais carioca”. Este ano, o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, que está completando 56 anos de carreira e faz 82 anos em março, foi o homenageado escolhido. Personalidades como Dercy Gonçalves, Zico, Alcione e Beth Carvalho estão entre os que já foram homenageados.
A Sarca foi fundada em 1978 com o objetivo de literalmente manter a existência da Rua da Carioca como conhecemos atualmente. De acordo com Roberto Cury, existia um projeto que previa a demolição de todo o lado ímpar da rua para que o convento ficasse à mostra. “O Projeto acabaria com todas as características da Rua da Carioca. Por isso nós fundamos a Sarca para justamente proteger a rua. Nosso interesse era manter e preservar o admirável patrimônio constituído pelos imóveis da Rua da Carioca. Nós entramos com um projeto de tombamento de toda a Rua. Na época o então prefeito alegou inconstitucionalidade e vetou o tombamento. Depois de recorrer a vários órgãos, conseguimos em 1983 o tombamento provisório, e dois anos depois a rua foi tombada em definitivo” disse Roberto Cury à Folha do Centro.
O aniversário do Rio promovido todos os anos pela Sarca culminou com as comemorações dos 450 da cidade em 2015 com o maior bolo de aniversário do Brasil, com exatamente 450 metros de extensão. “O prefeito Eduardo Paes fez questão na época que as comemorações oficiais fossem na Rua da Carioca. O bolo foi tão grande que alcançou toda a rua”, declara Cury.
Este ano, o bolo de aniversário da cidade teve cinco metros de comprimento. A Prefeitura este ano repassou apenas 10% do valor que costuma contribuir com o bolo da cidade, e o tamanho precisou ser ajustado ao orçamento. “Infelizmente, o Prefeito Marcelo Crivella parece que não gosta muito de festa, e a verba para ajudar na comemoração do aniversário da cidade foi muito pequena”, disse.
Roberto Cury é um dos personagens mais importantes das principais comemorações do Centro da cidade. Além do evento na carioca, a Sarca promovia também a benção da cidade no alto do Cristo Redentor. Este ano o evento no Cristo não foi realizado.
No dia do evento, Roberto Cury exaltou a importância de se manter a beleza e o espírito da cidade e também do carioca. “Nós estamos vivendo muita insegurança, muita desordem urbana, camelôs invadindo as ruas e atravancando a porta das lojas. O Prefeito, não sei o que ele está querendo com isso, mas ele diz que o desemprego é muito grande e por isso não controla os camelôs, mas ele esquece que quando fecha uma loja, é o comerciário que fica desempregado, é menos impostos que a cidade deixa de recolher e isso tudo está uma inversão de valores e é preciso mudar essa mentalidade. Desejo que a cidade tenha paz, tranquilidade, que esses corruptos sejam banidos nas próximas eleições, e que o carioca sinta prazer de ser carioca e não como está atualmente com o carioca se sentindo oprimido e desanimado. Eu desejo que se traga um pouco mais de carinho e de amor para esta cidade”, desabafa Roberto.

 

 
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